As duas últimas semanas foram um pouco mais agitadas e bastante produtivas para mim, do ponto de vista do nosso trabalho que desenvolvemos com a comunidade de Cotaxé, assim como aquele que é muito mais de ordem pessoal. O mais importante é darmos os encaminhamentos necessários, para que não haja interrupção naquilo tudo que já iniciamos.
Na semana passada aguardávamos a visita da nossa amiga Luciana GB, integrante de Cineclube El Caracol, de Vitória, parceira de vários projetos e desta vez, ela veio a Cotaxé para exibir o filme Bacurau, na estreia do nosso Cineclube Contestado.
Além de exibirmos o filme que estava previsto no último domingo à noite, em função da presença de muitas crianças, ela se comprometeu exibir mais um na segunda, também à noite, para atender principalmente a este público e com isso, apresentamos o Meu Pé de Laranja Lima.
Além das crianças é importante ressaltar a presença da dona Silvani, grande amiga nossa e que muito nos motiva com a sua animação e apoio, que esteve nos dois momentos, juntamente com algumas de suas bisnetas.
Na semana passada estávamos também nos preparando, para fazermos o segundo bingo e arrecadar a grana necessária para comprar o material necessário para produzir algumas fantasias indispensáveis ao folguedo Boi Janeiro. Este bingo ocorreu no sábado à noite.
Ainda na semana passada recebi o amigo Dedé, que veio me trazer vários filmes salvos no meu HD externo, que serão utilizados em exibições futuras. Ele mora em Mucurici, mas vive também em Cotaxé. Nesta sua vinda aqui na minha casa, iniciamos a composição de uma música que ele havia desejado fazer conosco alguns dias antes.
É uma satisfação muito grande para mim este tipo de parceria, com alguém do nosso convívio por aqui, pois até então as minhas parcerias estavam concentradas com pessoas da Grande Vitória, com exceção do Caboclo Sapé, que ora vive no município de Conceição da Barra, ou algum outro daquela região, do chamado Sapé do Norte.
Nesta semana consegui com o nosso amigo Josué Brochini, o “Amor de Cotaxé”, acertar um problema na instalação elétrica na nossa casa comunitária, ou “Casa da Comuna”, já que ele é também eletricista, entre tantas outras coisas. Mesmo com os seus 82 anos, ele continua ainda muito ativo. É outro grande parceiro nosso nos projetos que desenvolvemos na nossa comunidade. Consegui ainda uma pessoa para fazer um trabalho de melhoria no telhado deste mesmo imóvel, que é o senhor João do Carlo.
Com a Luciana; além de irmos conhecer de perto um forró em Itabaiana, local muito próximo da Bahia e Minas Gerais, que pertence ao município de Mucurici, depois do bingo no sábado; exibimos filmes, contei 11 visitas que fizemos em nossa comunidade e em Ecoporanga e mesmo com uma chuvinha fina, tiramos um tempinho para visitar o nosso rio, o braço norte do Cricaré.
Destes registros não pode ficar de fora o passeio maravilhoso que fizemos pelo quintal da dona Jacira, outra grande matriarca de Cotaxé. Ela cuida muito bem dele, com apoio da sua filha Solange, e nele se encontra verduras, galinhas pelo terreiro, plantas medicinais e frutas e entre estas, o Abiu, que tivemos o prazer de degustar alguns colhidos dos pés na hora, fresquinhos. Foram três dias bem aproveitados entre sábado à noite a terça, quando ela retornou à Vitória, às 23h.
Na última sexta fizemos a compra da maior parte do material do Boi Janeiro em Barra de São Francisco e Ecoporanga com o senhor Arlindo e a sua neta Istéfany. Em função de toda esta jornada só consegui me dedicar a este texto neste sábado de 26 de outubro.
Com várias coisas acontecendo ao mesmo tempo, acabamos nem conseguindo publicar na nossa coluna nesta última semana, já que o nosso desafio é escrever um texto a cada 14 dias.
Contudo há uma flexibilidade com relação a isso, pois o nosso objetivo no jornal é escrever a partir da nossa atuação em nosso município, sem esquecer dos personagens, que ajudam a compor esta trama, que pretendemos ir desenvolvendo progressivamente e neste sentido, não parece sensato interromper ações, que são justamente a força motriz dos textos que escrevemos para a nossa coluna e se neste caso se passou dos 14 dias, a nossa próxima publicação poderá ser feita em menor prazo.
É muito importante entrarmos de cabeça nas coisas enquanto elas estão acontecendo, para que possamos fazê-las da melhor forma possível, pois é isso que vai gerar o melhor conteúdo que precisamos e as melhores histórias que pretendemos registrar por aqui e com certeza, estas duas últimas semanas foram salutares com relação a isso.
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